1- Manda no partido quem tem mais condições de levantar fundos - o
captador de recursos.
2- Esse tipo específico de captador não conhece formas decentes de se pedir doações. Acredita que a única maneira de arrecadar recursos é vendendo vantagens e elaborando técnicas de cobrança por elas, que com o tempo se
tornam achaques habituais.
3- O captador corrupto se especializa em descobrir formas de beneficiar grandes empresários com recursos do Estado. No Brasil chegamos ao absurdo de se
venderem leis. Cobram-se comissões, inclusive, por liberação de
recursos que já são do direito das empresas, como vimos na didática explicação
do Wesley sobre créditos fiscais no Ceará. Grande parte desses empresários não vê outra forma de prosperar senão cedendo às barreiras políticas impostas pelo inchaço da máquina pública. Alguns são atraídos pela vaidade da proximidade com o poder e o prestígio que isso lhes dá. Outros aproximam-se pela oportunidade de potencializar ganhos em decorrência do tamanho do Estado. Há de fato gente mal intencionada, inescrupulosa, mas grande parte também se envolve pela necessidade básica de sobrevivência.
4- Conhecedor do lado vil da máquina pública e das formas de destravá-la, o captador corrupto negocia vantagens com os empresários, cobrando-lhes
"comissões" para alimentar o caixa do partido, especialmente
para financiar projetos eleitorais, cujo objetivo é perpetuar-se no poder a
qualquer custo. No processo, entretanto, desvia-se um "querequequé" para o próprio bolso, pois
ninguém é de ferro...

6- Com a prática, o captador corrupto torna-se um cacique no partido, com capacidade
retroalimentável: poder que gera grana, grana que gera poder, poder que gera
grana etc. E passa a agir por intermédio de terceiros. Um telefonema ou um simples sinal dele assegurando que determinado portador ou interlocutor é de sua confiança é o suficiente para consolidar uma transação criminosa.
Um estado gigante, como o brasileiro, é terreno repleto de oportunidades para os políticos agirem desonestamente. Com uma enormidade de empresas criminosamente fatiadas entre os partidos, como Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal etc., assim como autarquias e órgãos que lidam com fiscalizações em geral, o resultado são estruturas ineficientes e apodrecidas em seus processos. Concentrados em não serem importunados em suas falcatruas, os partidos no comando precisam também ser tolerantes e lenientes com os escalões abaixo de si. Assim, em toda a estrutura, em todos os níveis, agentes públicos de caráter duvidoso sentem-se inspirados e motivados a operar da mesma forma, cobrando subornos rebatizados de "comissões", "taxas de emergência", "pixulecos" etc., como um câncer que se espalha sem piedade.
Um estado gigante, como o brasileiro, é terreno repleto de oportunidades para os políticos agirem desonestamente. Com uma enormidade de empresas criminosamente fatiadas entre os partidos, como Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal etc., assim como autarquias e órgãos que lidam com fiscalizações em geral, o resultado são estruturas ineficientes e apodrecidas em seus processos. Concentrados em não serem importunados em suas falcatruas, os partidos no comando precisam também ser tolerantes e lenientes com os escalões abaixo de si. Assim, em toda a estrutura, em todos os níveis, agentes públicos de caráter duvidoso sentem-se inspirados e motivados a operar da mesma forma, cobrando subornos rebatizados de "comissões", "taxas de emergência", "pixulecos" etc., como um câncer que se espalha sem piedade.
Eis, portanto, os motivos da influência e da intimidade com a elite
política de Joesley Batista e Marcelo Odebrecht. O primeiro, com ambiciosas
metas globais, devia até ser conhecido como "bobo de mão aberta",
atraindo achacadores cada vez mais íntimos. Nesse jogo perigoso adentraram políticos que se julgavam espertos mas a verdade é que não respeitam o valor do trabalho produtivo,
como o frustrante Aecio Neves. Um tipo de sanguessuga insensível e alienado, alheio à dificuldade de sobrevivência dos brasileiros que realmente trabalham, tanto daqueles que empregam quanto daqueles que precisam de empregos. Indivíduos tão gananciosos que acreditaram haver uma empresa que "perdia R$1 milhão por dia" e que a possibilidade de ajudá-la, ganhando R$500 mil por semana, seria razoável. Ladrões de quinta categoria, que não vêem que uma empresa sob tal absurda situação, acaso existisse, já teria fechado. Puro olho gordo.
Essa "cartilha" é a única forma que tenho para explicar o porquê de nosso presidente da república, Michel Temer, ter se comportado em março como um pequeno, triste e desprezível bajulador noturno do grande financiador de campanhas e chefe de gangue Joesley Batista.
É preciso mandar toda essa corja para os porões da cadeia e reestruturar o estado brasileiro.
É preciso mandar toda essa corja para os porões da cadeia e reestruturar o estado brasileiro.
Edgony Bezerra
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